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Infecções de repetição

Infecções das vias aéreas superiores, como otites, sinusites e amigdalites, são comuns, especialmente em crianças, e podem causar considerável desconforto. Quando essas infecções se tornam recorrentes, podem levar a complicações e impactar a qualidade de vida dos pacientes.

Frequência Normal e Infecções de Repetição

É normal que as crianças e até mesmo adultos experimentem infecções nas vias aéreas superiores de vez em quando. No entanto, quando essas infecções ocorrem de maneira frequente e repetida, elas podem se tornar um problema mais sério. A definição de infecções de vias aéreas superiores de repetição varia, mas geralmente são consideradas como aquelas que ocorrem mais de quatro a seis vezes por ano.

Essas infecções incluem:

  • Otite média: Infecção do ouvido médio.
  • Sinusite: Inflamação dos seios paranasais.
  • Amigdalite: Inflamação das amígdalas, que são glândulas localizadas na parte posterior da garganta.

Quando essas infecções são frequentes e difíceis de tratar, podem ser classificadas como infecções de vias aéreas superiores de repetição.

Causas das Infecções de Repetição

As infecções nas vias aéreas superiores podem ser causadas por uma combinação de fatores, incluindo:

Infecções virais: Vírus como o da gripe, resfriado comum, rinovírus e coronavírus são causas frequentes de otites, sinusites e amigdalites. Essas infecções podem enfraquecer as defesas naturais do corpo, tornando as vias aéreas mais suscetíveis a infecções bacterianas subsequentes.

Infecções bacterianas: Em muitos casos, as infecções virais podem ser seguidas por infecções bacterianas. Bactérias como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis são as principais responsáveis por infecções recorrentes, especialmente em casos de otites e sinusites.

Alergias: A rinite alérgica e outras condições alérgicas podem inflamar as vias respiratórias superiores, facilitando o aparecimento de infecções.

Deficiência imunológica: Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, devido a doenças crônicas, medicamentos imunossupressores ou outras condições, têm maior predisposição a infecções recorrentes.

Anatomia das vias aéreas: Fatores como desvio de septo nasal, adenóides aumentadas ou anomalias estruturais podem dificultar a drenagem das secreções nasais e facilitar a proliferação de microrganismos patogênicos.

Fatores ambientais: Exposição a fumaça de cigarro, poluentes ou ambientes com ar seco também pode predispor a infecções nas vias respiratórias superiores.

Sintomas das Infecções de Repetição

Os sintomas das infecções de vias aéreas superiores de repetição podem variar dependendo da localização da infecção, mas os mais comuns incluem:

  • Otite média:
    • Dor de ouvido.
    • Sensação de ouvido tampado.
    • Dificuldade de audição.
    • Em casos graves, secreção purulenta (pus) pode vazar do ouvido.
  • Sinusite:
    • Congestão nasal.
    • Dor ou pressão facial (principalmente na testa, ao redor dos olhos e bochechas).
    • Secreção nasal espessa e amarelada ou verde.
    • Tosse, especialmente à noite.
    • Dor de cabeça.
  • Amigdalite:
    • Dor de garganta intensa.
    • Dificuldade para engolir.
    • Febre.
    • Amígdalas inchadas e com placas brancas ou amareladas.
    • Mau hálito.

Esses sintomas podem ocorrer isoladamente ou de forma combinada, dependendo das infecções que estão afetando as vias aéreas superiores.

Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico das infecções de vias aéreas superiores de repetição é clínico, baseado na história médica do paciente, sintomas e exame físico. O médico, muitas vezes, utiliza os seguintes métodos:

Anamnese detalhada: Avalia a frequência, duração e a gravidade dos episódios de infecção. Questões sobre histórico de alergias, exposição a agentes infecciosos e condições de saúde associadas também são consideradas.

Exame físico:

  • Para otites, o médico realiza uma otoscopia para verificar a presença de infecção no ouvido.
  • Para sinusites, pode ser necessário um exame das vias nasais e face, além de exames de imagem (como videoendoscopia nasal e tomografia computadorizada) para visualizar os seios paranasais.
  • Para amigdalites, o médico examina a garganta e pode fazer um exame de cultura para identificar a presença de infecção bacteriana.

Exames laboratoriais: Em casos de infecções persistentes ou complicadas, pode ser solicitado exame de secreção nasal, garganta ou ouvido para identificar o agente causador (viral ou bacteriano) e guiar o tratamento.

Avaliação imunológica: Em casos de infecções recorrentes, pode ser necessário investigar possíveis defeitos no sistema imunológico, com exames de sangue ou testes especializados.

Tratamento das Infecções de Repetição

O tratamento para infecções recorrentes das vias aéreas superiores pode envolver uma combinação de abordagens, dependendo da causa e da gravidade da infecção.

Tratamento medicamentoso:

  • Antibióticos: Usados em infecções bacterianas (como otites, sinusites ou amigdalites bacterianas). Importante lembrar que infecções virais não são tratadas com antibióticos.
  • Descongestionantes e analgésicos: Para aliviar os sintomas de congestão e dor.
  • Corticosteroides nasais: Podem ser usados em casos de sinusite crônica ou rinite alérgica associada.

Tratamento das causas subjacentes:

  • Tratamento de alergias: Com o uso de anti-histamínicos, sprays nasais e imunoterapia.
  • Corticosteroides nasais: Podem ser usados em casos de sinusite crônica ou rinite alérgica associada.
  • Imunoterapia ativada: A imunoterapia é uma modalidade que visa estimular o sistema imunológico a responder de forma mais eficaz a agentes patogênicos, como alérgenos e microorganismos. Para pacientes com infecções recorrentes associadas a alergias, é usado a imunoterapia sublingual ou injetável para aeroalérenos, com objetivo de reduzir a hipersensibilidade do sistema imunológico. Para pacientes sem alergias associadas, é usado a imunoestimulante polibacteriano, que potencializa e estimula as respostas do sistema imunológico contra os principais microorganismos causadores dessas infecções (Streptococcuspneumoniae, Staphylococcusaureus, S.epidermidis, Klebsiella pneumoniae, Moraxellacatarrhalis e Haemophilusinfluenzae, estimulando e potencializando a imunidade contra esses microorganismos. A imunoterapia é eficaz na redução da intensidade e frequência das infecções de vias aéreas superiores, especialmente em pacientes com rinite alérgica ou sinusites crônicas.
  • Cirurgia: Em casos de anomalias estruturais (como desvio de septo nasal ou adenóides aumentadas), a cirurgia pode ser indicada para melhorar a drenagem e prevenir infecções recorrentes.

Prevenção e cuidados gerais:

  • Hidratação adequada: Manter as vias respiratórias bem hidratadas pode ajudar a evitar infecções.
  • Evitar fatores desencadeantes: Como exposição a fumaça de cigarro, poluentes e mudanças bruscas de temperatura.
  • Vacinação: Manter as vacinas em dia, como a vacina contra a gripe e pneumocócica, pode ajudar a prevenir infecções virais e bacterianas.

Conclusão

Infecções de vias aéreas superiores de repetição, como otites, sinusites e amigdalites, são comuns, mas quando ocorrem frequentemente, podem ser prejudiciais à saúde. O tratamento adequado envolve tanto o manejo das infecções ativas quanto a prevenção de novos episódios, com ênfase na abordagem de causas subjacentes, como alergias ou problemas anatômicos. A imunoterapia ativada tem se mostrado eficaz no tratamento de pacientes com alergias, ajudando a reduzir a frequência dessas infecções e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Se você ou seu filho sofre com infecções recorrentes nas vias aéreas superiores, é importante procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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